22 de outubro de 2010
Me assustei...
Mas você não estava lá.
Quem era você?
Não sei.
Pois percebi que você nunca esteve.
E ainda assim,
peço, espero,
que esteja do meu lado.
7 de setembro de 2010
Romântico...
Eu tenho esse péssimo hábito de ser romântico. Não é bem visto pela maioria das pessoas. A maioria das mulheres não querem homens românticos, eles são chatos, eu sou chato. Elas gostam de "cafajestes", gostam de apanhar, gostam de chorar.
Por isso só tive uma namorada na minha vida, que me largou vinte dias depois. Por isso as meninas com quem eu fico me ignoram hoje. Ser romântico é ser infantil, ser ingênuo, e ainda por opção. Mulheres não gostam de homens infantis.
Por isso todas as meninas que fui afim viraram minhas amigas. Eu sou romântico o suficiente para não necessitar de contato físico. Um abraço forte, para mim, vale muito mais, me faz sentir melhor, do que um beijo. Porque na maioria das vezes, esse abraço é mais sincero do que o beijo.
Eu sou de abrir a porta. Trago flores mesmo quando não tem nada para ser desculpado. Lembro do aniversário, esqueço a idade. Sou de um tempo em que o amor era real. Eu adormeceria com você em meus braços sem nem te tocar, e ainda assim acordar me sentindo o cara mais feliz do mundo.
Eu sou o príncipe encantado que você lia em contos de fadas mas que a vida real te faz aprender que não existe. E mesmo se você encontrá-lo, você vai tratá-lo como se não existisse, porque você acredita nisso. É sempre assim.
Por isso parei de fazer poemas. Eles simbolizavam em mim o príncipe. Um príncipe que era queimado pelas palavras de dragões a troco de uma princesa que sequer importava com sua existência.
Por isso chorava direto na minha adolescência. E por incrível que pareça, quando prometi não me apaixonar mais, parei de chorar.
Por isso não estou apaixonado por você.
Mas quero que você aprenda a acreditar em contos de fadas. Eles existem. Mas tenha certeza de que ele é o seu príncipe. Do mesmo jeito que esse príncipe só vai voltar a enfrentar dragões quando tiver uma princesa para cuidar das feridas.
"Pare de chorar"
2 de agosto de 2010
29 de julho de 2010
Quem sou eu?
Havia um tempo em que eu, sem dúvida alguma, não sabia. Um tempo, hoje distante, em que nunca tinha me perguntado isso. Não fazia sentido. Filósofos se complicavam com uma simples questão que eu respondia com a mesma precisão e exatidão que a própria pergunta.
Quem sou eu?
Havia um tempo, não hoje, não agora, em que eu não teria me pegado tentando responder essa pergunta tantas vezes. Vejo-me cercado como que essa interrogação fosse me sufocar, me privar do que eu necessito ou não.
Quem sou eu?
Não sou um nome. Não sou um numero. Não sou a quantidade de comentários que eu tenho nos meus textos. Não sou meus amigos. Não sou meus inimigos. Não sou um twitter, um blog, um perfil. O perfil é meu, não o contrário. Não sou algo que possa ser expresso em simples e limitadas palavras ou caracteres.
Quem sou eu?
Eu sou um nome, o meu. Sou um ser, sou humano. Sou meus pensamentos. Sou minhas decisões. Sou meus atos. Sou meus erros, e minhas superações.
Quem sou eu?
Dor. Lágrima. Sorriso. Pai. Mãe. Amor. Abraço. Perda. Perdão.
Quem sou eu?
Guerra. Paz.
Quem sou eu?
Mais do que eu saiba.
Quem sou eu?
Eu.
15 de abril de 2010
Boa Noite
Teimo em não querer dormir. Teimo em escrever sobre o que hoje senti. Temo que amanhã essa loucura desapareça e que as lembranças preciosas eu esqueça. Porque hoje foi um dia especial, há muito tempo não tive outro igual. Mas registrado deixar eu queria, que eu me apaixonei um dia.
Boa Noite
15 de março de 2010
Ontem foi o "Dia Nacional da Poesia"
Vinde! Comemoremos e alegremo-nos!
Por mais um ano em que podemos tê-la em nossa companhia.
Pois eis que lhe acometeu imensa agonia:
enfermidade qual médico algum cura
a têm tornada escura
e sem forma.
Celebrai a poesia
Pois eis que logo chegará seu fim
Doente ela está, sim,
Desde que jogaram
na bagunça do dia-a-dia.
11 de março de 2010
Devaneios Noturnos
É noite. Olho para minha janela em busca de respostas. Lágrimas em meus olhos teimam em aparecer, acanhadas, sem vontade. O vento da brisa bate em minha face, me acariciando. Talvez o primeiro carinho sincero que senti nos últimos dias.
É noite. O poste do outro lado da rua ilumina meu quarto, tornando o ambiente como a vida desse escritor. Penumbra. Imagens se formam na intersecção das cores, como aquelas que os psicólogos teimam em mostrar a seus pacientes. Como todo o resto, nada significa, até que um olho, uma alma, uma mente enxergue-a, transforme-a, dê-lhe um significado, um valor, amor.
É noite. Muitos dormem. Eu não.
Morpheus tem-me esquecido esses dias.23 de fevereiro de 2010
Lembro-me
Lembro-me da minha infância. Lembro-me da minha adolescência. Lembro-me do tempo em que não pensava com antecedência ou tinha prudência, seja com meus estudos, seja com minha saúde, seja com tudo mais que eu não me preocupava.
Lembro-me de quando escrevia, todo dia, sobre meus amores. Ah! Meus amores... Uma pena que este poeta tenha amado tanto, mesmo estando na incerteza de ter sido amado. De um lado, só, muitos amores o foram, e se foram.
Lembro-me das coisas que eu fiz, das que procrastinei. Mas feliz estou das minhas decisões, não seriam tão belas hoje se não as tivesse feito. Por elas guardo muito respeito.
"One day, some day, you'll miss me.
One day when I'm gone.
Adieu and so long."
Ok Go
4 de fevereiro de 2010
Palavras Selvagens
Um dia, após ler um poema meu, uma pessoa me falou que "queria ter a capacidade de domar as palavras" como eu.
Sinto em informar-lhe: não domo as palavras. Nunca domei e nunca domarei. Queria que as pessoas parassem de olhar para mim e acharem que o que está escrito tem alguma coisa a ver com minhas capacidades físicas (ou fisiológicas), que eu sou o dono das letras, das palavras, dos sons.
Não domo as palavras. Esse é um grande erro para quem escreve, sejam poemas ou sejam prosas, sejam poesias ou sejam crônicas. As palavras são selvagens, são toscas, são bárbaras, e assim devem permanecer.
Eu não sou mais que um tradutor, uma ferramenta, com o qual as palavras devem fluir a um meio em que possam ser conhecidas, lidas, ouvidas, sentidas. As palavras já existem, os sentimentos são conhecidos. Eu apenas seguro o lápis.
1 de fevereiro de 2010
São Paulo - Dia 4
São Paulo, 22 de Janeiro de 2010
Acordamos cedo. Fomos até a empresa das minhas anfitriãs - Máquinas Orlandeli - e passamos o dia lá. Nada de mais ocorreu por lá. Basicamente fiquei tocando violão, conversando no MSN, e perguntando sobre a empresa, seus clientes e serviços.
Na hora do almoço, fomos ao restaurante Moshi Moshi, onde tive a oportunidade de, pela primeira vez, comer sushi. Lógico que eu usei hashi (os famosos pauzinhos) apesar de não ser obrigatório. O que gerou algumas risadas durante a refeição. Por falar em risadas, tinha um japinha de uns 8 anos lá, correndo de um lado por outro entre as mesas. Devia estar brincando de Tokusatsu ou coisa assim. Foi engraçado quando ele passou pela gente se escondendo e fazendo barulhos estranhos.
Na volta da empresa, saímos às 16 horas, passamos em um lugar para pegar um Bilhete Único do transporte municipal. Sinceramente não me lembro porque quisemos ele, mas é uma boa lembrança para levar pra casa. Devemos usá-lo durante o resto da minha estadia aqui.
Ao chegar em casa, fiquei jogando Wii.
Fim do quarto dia.
26 de janeiro de 2010
São Paulo - Dia 3
São Paulo, 21 de Janeiro de 2010
Dia meio parado hoje. Passamos a maior parte da manhã jogando video-games e tocando violão.
Minha irmã combinou com uma amiga dela e das meninas de se encontrarem num shopping no final da tarde. Fizemos o mesmo trajeto ao metrô, mas descemos na parada final em Barra Funda. De lá pegamos ônibus até o Shopping Bourbon, onde a Paty nos esperava.
Após horas e horas de conversa, piadas, e tudo mais, saímos do shopping só para perceber que o céu estava caindo. Aliás, choveu todos os dias que eu estou aqui em São Paulo. Bom, sem ter condições meteorológicas de se pegar um ônibus, fomos de táxi para a estação de metrô, o que saiu até mais barato já que foi uma viagem bem curta.
Chegando na estação Bresser-Mooca, Tia Regina, nossa "mãe" anfitriã aqui, estava nos esperando com guarda-chuvas e nos levou pra casa. Desmaiei na cama.
Fim do terceiro dia.
São Paulo - Dia 2
São Paulo, 20 de Janeiro de 2010
Começamos o dia com o que nós tínhamos programado. Eu, minha irmã e as amigas dela acordamos tarde e seguimos pelo caminho que nós tínhamos escolhido na noite anterior (e imprimimos para não haver dúvidas)
Seguimos de ônibus para a estação do metrô mais próxima de onde estamos hospedados, Bresser-Mooca,e descemos na estação República. De lá, seguimos a pé até a tão falada "Galeria do Rock". Achei muito legal essa galeria de lojas, lá tem de tudo o que se pode imaginar para as "tribos urbanas". Camisas, tênis, tatuagens, acessórios e tudo mais. Comprei uma camisa do StarWars com um desenho do Mestre Yoda. Ia comprar outra, mas como estávamos seguindo para a Santa Efigênia, resolvi segurar um pouco do dinheiro que tinha na hora.
Saindo da Galeria do Rock, lanchamos em uma lanchonete que encontramos no caminho. Também conheci o famoso cruzamento da Av. Ipiranga com a Av. São João, duas vezes já que ao chegar na Santa Efigênia lembrei que esqueci a camisa do Yoda na lanchonete e tive que voltar metade do caminho. Mas enfim chegamos na "Meca dos Geeks no Brasil", a Rua Santa Efigênia.
Minhas anfitriãs me contaram que estavam com o objetivo de comprar uma câmera fotográfica. Como eu não tinha muito idéia se compraria alguma coisa, ou o quê, resolvi acompanhar elas. No caminho entrei em lojas de instrumentos musicais muito boas, galerias de eletrônicos contrabandeados, e outros. Comprei um fone de ouvido para a minha irmã e jogos de Wii, tanto para mim quanto para as meninas.
Após algumas aventuras para conseguir os tais jogos de Wii, como subir uma escada suja até o quarto andar e virar num corredor secreto, descemos a rua em direção à estação de metrô São Bento e seguimos para casa. Passei o resto do dia testando os jogos, para ver se tinha algum erro, enquanto as meninas brincavam com a câmera e conversavam no MSN.
Fim do Segundo Dia
PS: Para os nerds curiosos, os jogos que comprei para mim foram Tatsunoko vs. CAPCOM e Tomb Raider: Underworld.
21 de janeiro de 2010
São Paulo - Dia 1
São Paulo, 19 de Dezembro de 2010
Uma das coisas interessantes de se viajar são os dias que antecedem a viagem. A Lei de Murphy se mostra com sua força total nessas ocasiões. Por exemplo, com 3 dias para a viagem, eu leio no meu e-mail que o meu professor quer me dar uma bolsa de pesquisa mas quer que eu comece de imediato. Lógico que eu consegui conversar, mas que deu uma boa correria desnecessária.
A viagem de avião se passou sem muitos solavancos, em ambos os sentidos. Exceto pelo fato que eu tive a péssima idéia de não fazer o check-in via internet, o que me deixou na última fileira do avião em um dos vôos, sem a possibilidade de abaixar o encosto pra dormir.
Por falar em vôos, o que eu gosto de fazer conexões é que você tem a oportunidade de conhecer aeroportos de lugares que normalmente você não conheceria. Na minha última viagem para o Rio eu passei algumas horas em Salvador, essa foi a vez de Recife e o aeroporto de lá me surpreendeu pela sua arquitetura.
Chegando em São Paulo, fui para a casa da amiga da minha irmã que está nos hospedando, pessoas muito simpáticas. Até que nós tentamos sair para algum lugar, mas meu relógio biológico ainda estava muito desregulado da viagem pela madrugada. Resultado: passei o dia cochilando.
Amanhã acho que visitarei a avenida St. Efigênia, a meca dos eletrônicos no Brasil, e a galeria do Rock, que eu não faço a mínima idéia do que seja, apenas disseram que eu gostaria de lá.
Fim do primeiro dia.
15 de janeiro de 2010
Não dá pra se levantar sem cair
Antes de começar o meu texto de hoje, gostaria de citar alguns textos só para localizarem um pouco você na temática.
Todos aqueles que entram em campo vão provar da derrota, não existe um jogador nesse mundo que não tenha perdido antes. Entretanto, os melhores jogadores darão tudo o que tem para se levantarem novamente. Jogadores normais levam um tempo para voltarem a ficar de pé. Enquanto perdedores continuarão esticados no chão. (Darrell K. Royal, técnico de futebol americano)
Ando devagar porque já tive pressa, e levo esse sorriso porque já chorei demais. (Tocando em Frente, de Almir Sater)
É por demais interessante como a idéia de "troca equivalente" está errada no mundo. Se você estudar, você passará nas provas. Se você treinar, você vai ganhar. Se você se esforçar, alcançará aquilo que quer... Não que isso esteja errado, eu diria que está apenas incompleto. As pessoas estão focando muito em "o que fazer" ao invés de "quanto fazer".
Numa das minhas leituras diárias, um dos personagens solta a seguinte frase: "Se você quer um desejo deve pagar o preço para ele, nem menos, nem mais. Um preço maior ou menor pode trazer consequencias indesejáveis". E por mais estranho que isso pareça, eu tenho percebido que isso é verdade. Vou tomar as afirmações do parágrafo anterior como exemplo.
Serei sincero, se você não é "inteligente", você tem que estudar bem mais. Se você quer passar no vestibular, lembre-se que pode sempre existir alguém que pagou um preço maior do que você, o que dará a ele uma posição maior do que a sua. Mas também se você largou a sua vida para se socar no quarto estudando, pode ser que o preço seja alto demais, muito provavelmente você estará nervoso demais na prova, podendo até desmaiar, e consequentemente não passar.
Acho que a melhor moeda para se pagar o preço de um desejo seja o tempo, e quando eu falo em tempo eu incluo tudo o que ele trouxer ou levar. Por exemplo, uma equipe desportiva ganha muita experiência numa derrota, principalmente contra outra equipe mais forte. E muitas vezes numa revanche futura o placar pode ser invertido. Por quê? Porque o time que perdeu voltou a treinar, investindo mais tempo e acumulando experiência para poder vencer. A derrota pode ser o preço para uma vitória.
Da mesma forma, fica difícil de atingir estados como a perfeição sem antes pagar o preço de aceitar o fato de ser imperfeito. Da mesma forma, não se conhece a verdadeira felicidade se não já tiver conhecido a verdadeira tristeza. A vida, sem presenciar a morte. O amor, sem ser rejeitado.
Talvez por isso as guerras ao redor do mundo nunca acabem. Si vis pacem, para bellum. Talvez por isso Deus tenha feito do mundo um local onde acontecem catástrofes naturais. Talvez por isso eu, que sou poeta, só escrevo em prosa.