22 de dezembro de 2006

Esperança

Sinto tua falta. Asseguro-te que ainda tenho em minha mente e em meu coração tu e o que fizestes naqueles dias. Ainda guardo tuas palavras e elas ainda me mantêem forte longe de ti. Palavras que antes pareciam sábias, agora mostram-se apenas fumaça. Outras as quais não creditei foram as que mais precisei.

Vais voltar. Sei que vais. Oro para que venhas pra perto de mim mais uma vez. É difícil saber que, por mais que negues, em parte a culpa de teres partido foi minha, em parte a culpa de eu ter sofrido foi minha.

Tão subitamente quanto o riso se fez pranto, ao riso pode tornar-se mais uma vez. Aquela chama não será mais a última. Pois a vida é uma aventura errante da qual não se pode saber o que esperar. Mesmo assim espero por ti.

O coração do Ray partiu quando você partiu.

15 de dezembro de 2006

Épico

Que história! Um filme poderia ser feito envolvendo tantos acontecimentos quanto a vida daquele garoto. Ficção? Bem que ele queria que fosse tanto quanto parece. Aventura? Sim, nunca teve medo de aventurar-se por lugares desconhecidos da vida em buscas de novas emoções. Romance? Muito menos do que todos acham. Terror? Exatamente o que sentirá se verdes o filme.

LUZES!

Que se acendam todos segredos, todos os lugares obscuros de seu corpo. Que nada mais possa se esconder da verdade. Mentiras não deveriam existir, mas que as existentes não tenham mais espaço.

CÂMERA!

Se abra diafragma e deixe entrar essas imagens. Olhos filmem e gravem no filme da mente e do coração para que nunca precise-se reprisar: essas sensações não deverão ser sentidas denovo.

AÇÃO!

Aqui começa outro episódio da vida...


Ray sente falta de ir no cinema.
O cinema não sente falta do Ray.

8 de dezembro de 2006

Pobre amante

Os beijos que eu queria te dar, seus lábios sentir. Apenas um sonho, apenas mais uma lembrança de um futuro que poderia ter acontecido se você estivesse aqui. Mas não está. E agora a saudade de uma coisa que eu um dia poderia ter me maltrata.

Eu queria que você soubesse, acreditasse que eu sou um cara bacana pra você. Não tenho carro ou uma boa casa mas eu tenho um coração, coisa que você demonstra não ter.

Às vezes se faz de ruim, e no fim me faz me convencer que não mereço ter essa vida, que o mundo já pode se acabar para mim assim sem sal, uma vida tão doce mas amarga no final. Mas não tenho pressa, não tenho nada me esperando lá pra frente. Vou apenas embora de um momento do qual não pertenço.

Você se foi mas aqui nunca esteve. Vou-me também, esperando que alguém um dia encontre o meu caminho, os meus rastros e me alcanse cansado de seguir sozinho.

Ray agradeçe a Revolver, Walmondes, Pato Fu e a alguém pela inspiração.
Não, Ray não é emo nem vai se matar.

1 de dezembro de 2006

Encontrar-te

Que queres de mim? Como posso saber o que fazer, como agir, o que ser se tu continuas calada. Não sou Deus: não sei o que pensas se não me disseres. Mas, assim como Deus, não jogo dados nem acredito em coincidências. Somos muitos mais complexos que isso e essa é mais uma prova.

Acho que estou te esperando. Não! Eu estou esperando por uma atitude tua. Estou cansado de apenas pensar em ti, cansado de querer estar ao teu lado. Estou morrendo, e tenho medo de te ter apenas na mente durante o pouco tempo que me resta. É, podes estar certa, talvez não valha a pena falar. Pois se é pra falar, que as palavras sejam mais preciosas que o silêncio. Mas esse silêncio me aflinge de modo a me machucar profundamente.

Vá! Encontra-te logo com a distância antes dela te dizer que é tarde demais. Tarde para seguir em frente, para voltar atrás. Esse não é um adeus: é um até mais, quando nós nos encontraremos de uma vez por todas e Ele nos dizer o que será de nós daquele ponto em diante.