Um dia, após ler um poema meu, uma pessoa me falou que "queria ter a capacidade de domar as palavras" como eu.
Sinto em informar-lhe: não domo as palavras. Nunca domei e nunca domarei. Queria que as pessoas parassem de olhar para mim e acharem que o que está escrito tem alguma coisa a ver com minhas capacidades físicas (ou fisiológicas), que eu sou o dono das letras, das palavras, dos sons.
Não domo as palavras. Esse é um grande erro para quem escreve, sejam poemas ou sejam prosas, sejam poesias ou sejam crônicas. As palavras são selvagens, são toscas, são bárbaras, e assim devem permanecer.
Eu não sou mais que um tradutor, uma ferramenta, com o qual as palavras devem fluir a um meio em que possam ser conhecidas, lidas, ouvidas, sentidas. As palavras já existem, os sentimentos são conhecidos. Eu apenas seguro o lápis.
.quando li o título eu fiz "uui" hashuashuas
ResponderExcluir.muito bom..
.como disse quintana "poesia não é para quem a define"