31 de janeiro de 2006

Volta às aulas...

Ontem começaram as minhas aulas. Tempo bom para rever amigos, criar novos, e ouvir os professores falar um monte de lerdeza na frente da turma. Mas uma coisa me chamou atenção, como eu estou no 3º ano do Ensino Médio os professores falam muito do Vestibular e de como é importante entrar numa Faculdade.

Bill Gates Nada contra o Vestibular e as Universidades, mas não são os ÚNICOS caminhos para vencer na vida. Bill Gates, atualmente o homem mais rico no mundo, trancou a faculdade no primeiro ano e abriu a Microsoft na garagem de casa com a ajuda de um colega de turma. Sem falar que muita gente se forma em Adimistração e depois só consegue trabalhar cuidando da venda da família. Digo isso porque eu já vi histórias assim.

Mas também não significa que nós não devamos estudar para entrar numa Faculdade, mas lembremos que a vida abre oportunidades a todos para aprender e para se dar bem na vida. Não apenas para os que têm diploma.


(Ray pretende fazer Ciências da Computação na UFRN)

20 de janeiro de 2006

Recife

  • 1º Dia

Acordar às 4:00 5:00 horas da manhã pra esperar um ônibus que estrasou 2 horas não é muito confortável. Principalmente quando eu vou passar mais de 4 horas na estrada e com guia 'alegre' falando coisas como 'eu sou uma Barbie' no microfone. Se nós ignorarmos a brincadeira de mímica, até que a viagem não foi tão ruim.

Quando minha mãe me disse que nós ficariamos num hotel na praia de Boa Viagem, eu sinceramente achei que ele seria melhor. O hotel num é ruim, ele só meio velho, é do tempo que as camareiras deixavam (e ainda deixam) dois copos na pia do banheiro. Sem direito a salão de jogos, e com a internet mais cara que meu fígado (10min = R$3,00), passei o primeiro dia em Recife assistindo Chapa Côco, comendo cereal e achocolatado (ambos da marca NESCAU® Energia que dá força) e cochilando.

  • 2º Dia

O dia de hoje foi mais proveitoso que ontem. Experimentei a piscina do hotel que tinha um tobogã tão grande que eu me assustei. Quase alcançava os 2 metros de comprimento!!! O bom era que tinha um bar próximo à piscina que facilitou o meu almoço, já que minha mãe tinha ido ao congresso que objetivava essa viagem.

Quando eu voltei ao quarto percebi que a camareira tinha passado por lá. Ainda bem pois estava um chiqueiro. Principalmente depois de eu ter comido aqueles pães que minha mãe comprou, com a pior qualidade que ela achou, pra me alimentar durante a minha estadia no expensivo hotel. Terminei o bendito Nescau® que eu deixei pela metade ontem, assisti alguns clipes muito bons na MTV, depois cochilei até ser súbitamente acordado pelo interfone do quarto. Era minha mãe que havia chegado e queria jantar.

Mesmo sem fome, mas com vontade de comer e/ou sair dakele quarto, desci e fomos a um boteco próximo, cujo nome não vou revelar para evitar constrangimentos futuros. Pedimos uma Carne de Sol com uma poção de batatas fritas. Quando a comida chegou tamanha foi a minha ira quando vi a heresia: não tinha farofa. Isso é um absurdo! Como eu posso me deliciar com uma boa carne sem farofa?! Depois dessa só me restou subir e esperar o término do meu segundo dia nessa cidade que não gosta de mim.

  • 3º Dia

Eu já falei que detestei aquele hotel? Pois aqui vai mais um motivo: croissant de presunto. Sim, um pequeno croissant destruiu toda a alegria desse dia sagrado que é o domingo.

Para quem não sabe, croissant é aquele salgado originário da França que é muito bem cotado ao redor do mundo e no meu estômago também. Tanto que peguei uns três pra comer no café-da-manhã de cortesia do hotel, mas não sabia seus recheios. Quando eu dei a primeira mordida, percebi que o presunto do primeiro croissant estava estragado. Deixei de lado e comi os outros dois que eram recheados com queijo, mas a desgraça já estava feita.

Depois de mais um tempo na piscina, fizemos o check-out e ficamos esperando o nosso 'saltitante' guia nos levar no shopping próximo ao lugar onde o congresso de minha mãe estava acontecendo. Antes disso acontecer eu me senti mal e tive que correr ao banheiro vomitar e 'evacuar'. Era o começo de minha tarde negra.

Achando que estava melhor, levei nossas malas ao ônibus e sentei na minha poltrona. Nessa altura eu estava morrendo de frio. Chegando no Shopping, desci do ônibus e tudo na minha mente girou, foi quando percebi que tava mal. Me levaram na enfermaria do shoppis e constataram que minha pressão estava a 9 por 6, o que é baixíssimo. Chamaram um táxi (sim, não tiveram nem coragem de me colocar numa ambulância) e me mandaram pra algum hospital. Na segunda tentativa, e após algumas gofadas dentro do carro do pobre taxista, chegamos a um hospital que aceitasse meu plano de saúde (o próprio hospital da Unimed) onde após uma rápida conversa com o Dr. tomei 2 soros e saí de lá bem melhor.

Mais tarde ainda vomitei mais algumas vezes (é nessas horas que eu me assusto com a capacidade do meu estômago) mas melhorei depois que minha mãe me empurrou uns 3 comprimidos enquanto estávamos no ônibus de volta para a minha querida cidade Natal.

17 de janeiro de 2006

(A)Normal...

Clique para ampliarNo comentário de Rodrigo Rabbit no meu texto anterior, chamou-me a atenção a seguinte pergunta: "O que é normal?" Picasso, o pintor da obra que ilustra esse texto era considerado estranho (apesar de seguir uma corrente artística).
'Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural.'
Jay Vaquer

É fato que vivemos em um mundo que não tem uma visão fixa do que é normal. Ela varia de acordo com a pessoa que a vê. Agora vocês devem estar pensando: "Sim cara, me diga uma novidade!" Pois é exatamente esse o meu ponto. Todos nós sabemos disso!

Mas, infelizmente, nós sempre nos esquecemos desse fato e consideramos o nosso "normal" superior ao dos outros. Quantas vezes você olha uma pessoa e têm uma expressão de expanto só pelo fato dela estar diferente na maneira de se vestir, ou agir, ou qualquer outra condição física, psicológica ou finançeira? É isso que acaba causando de exclusão social a até mesmo Guerras Mundiais. Adolf Hittler foi um dos maiores melhores exemplos disso. Se ele tivesse essa visão do normal ou diferente veria como todos nós o vemos hoje: "Um cara 'estranho' que queria ser melhor que os outros".

Devemos sempre lembrar que não existe o normal, o que existe é a capacidade de cada indivíduo de viver sem esquecer do próximo.

9 de janeiro de 2006

Influências...

Já tentaram colocar um sapo na água fervente? O quê acontece? Ele pula pra fora...
E se vocês colocarem ele numa panela com água fria e colocassem no fogo atá a água ferver? Ele morre cozido...

Mantendo as devidas proporções (claro), acontece o mesmo conosco nessa panela que se chama Sociedade. Nós mantemos nossos padrões e princípios mas a panela vai esquentando sem nós percebermos. Quando nos damos conta nós estamos mudados de uma maneira que não podemos consertar.

Me disseram que eu sou diferente, que eu tenho que me adeqüar aos padrões da sociedade. Pra mim isso é uma besteira! Eu sinto essa água esquentando e eu num vou esperar pra ver se eu acabo cozido. Isso pode me ser prejudicial (ou não) mas eu prefiro não arriscar.

"Princípio é uma coisa que se leva até o fim" (Desconheço a Autoria)

(o Ray não é brega, ele é exótico)

3 de janeiro de 2006

Paixão ou Amor???



Muita gente confunde paixão com amor, até porque eles andam sempre próximos. Eu gostaria de conseguir diferenciar na prática esses dois. Na teoria eu sei o que cada um significa, mas conhecimento sem a prática não é muita coisa. Eis o que eu sei:

Paixão é um sentimento por uma pessoa que nos faz mudar o nosso jeito de viver por uma outra pessoa. Muitas vezes é passageira, como uma chuva de verão. É loucura, a qual nós supervalorizamos sem a mínima necessidade. É fogo em palha.

Amor nos faz gostar dessa pessoa independente de quem nós somos ou de quem ela é. É um dilúvio em nossos sentimentos e na nossa vida. Na maioria das vezes nós não damos a importância necessária para manter-lo vivo. É fogo que arde sem se ver.

Nossas vidas seriam menos bagunçada se soubéssemos diferenciar e, assim, usar esses sentimentos a nosso favor. Porém uma vida sem as surpresas do coração seria muito tediosa, e o ciclo vital sem sentido. Falando nisso, gostaria de compartilhar um poema que mostra isso muito bem. Ele é meio grande mas vale a pena ler.

Se se morre de amor
de Gonçalves Dias

Se se morre de amor! - Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n'alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve e no que vê prazer alcança!

Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebentar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro

Clarão, que as luzes ao morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração - abertos
Ao grande, ao belo, é ser capaz d'extremos,
D'altas virtudes, té capaz de crimes!
Compreender o infinito, a imensidade
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D'aves, flores,murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!

Amar, é não saber, não ter coragem
Pra dizer que o amor que em nós sentimos;
Temer qu'olhos profanos nos devassem
O templo onde a melhor porção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros
Inesgotáveis d'lusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!